O ministro da Administração do Território de Angola, Marcy Lopes, informou que o Governo quer um registo massivo da diáspora para as eleições gerais de 2022. O objetivo é registar 450 mil angolanos no estrangeiro.
O Ministério da Justiça deseja “universalizar Bilhete de Identidade” no exterior. No entanto, existem entidades que temem a exclusão, devido à demora do processo de registo.
Para poderem votar nas eleições gerais, os angolanos que moram dentro e fora de Angola terão que estar cadastrados como eleitores. Para tal, deverão exercer o seu direito de voto próximo da sua residência e usar o cartão de munícipe.
“Com a criação do Balcão Único de Atendimento ao Público, onde esse registo é feito, as pessoas recebem um cartão de munícipe, que é uma certificação de que o cidadão reside naquele município”, esclareceu o governante.
O processo de registo eleitoral iniciado em Angola em setembro deverá ocorrer na diáspora entre janeiro e março de 2022. “O Ministério da Justiça está a criar condições para a universalização no exterior do Bilhete de Identidade. Deram-nos nota de que existem 12 postos fixos, que serão aumentados para 18”, acrescentou Marcy Lopes.
“No exterior, quem tiver o Bilhete de Identidade vem à Embaixada ou ao Consulado onde tiver o posto e vai por via do seu bilhete dizer ao Estado onde é que ele está. Se está em Lisboa, no Porto, na Holanda ou na Inglaterra. E a referência é que ele vota no lugar em que reside”, sublinhou.