O Governo angolano costuma atribuir, mensalmente, 25 mil kwanzas (32 euros) a cada um dos 164 municípios para o combate à pobreza nas comunidades. No entanto, vários gestores dos órgãos da administração local do Estado não justificam como são usados esses recursos.
Assim, a Comissão Económica do Conselho de Ministros decidiu que os gestores sem contas em dia iriam deixar de receber as verbas. A ministra das Finanças, Vera Daves, justificou que a medida tinha como objetivo quebrar o registo histórico da não prestação de contas do dinheiro público no país.
O Governo não revelou os municípios com contas atrasadas, tendo referido apenas que a decisão de suspender o envio do dinheiro seria uma forma de responsabilizar as administrações locais.
Esta situação está a fazer com que alguns angolanos se revoltem, ao ver a falta de ajuda existente contra a pobreza. Um deles declarou que nem o próprio Governo fiscalizava os projetos que implementava, e que esta nova medida só serviria para prejudicar o cidadão, uma vez que os administradores não seriam então responsabilizados.