A empresária angolana Isabel dos Santos, filha do ex-Presidente da República José Eduardo dos Santos, está a ser acusada em Portugal de arquitetar os ataques informáticos ocorridos recentemente em alguns órgãos de comunicação social de Lisboa, refere o “Correio da Kianda”.
A acusação é atribuída a serviços secretos israelitas e já foi confirmada pela Embaixada angolana em Lisboa. Sabe-se também que a secreta, segundo a acusação, caracteriza os alegados ataques como uma tentativa de vingança da empresária angolana contra as empresas portuguesas de comunicação que tentam destruí-la, com as recorrentes notícias sobre os processos judiciais que a envolvem, tanto em Angola como em Portugal.
Trata-se de uma informação expressa como a principal manchete do semanário “Tal & Qual”, que volta às bancas depois de um longo período desaparecido do público português. Esse semanário é conhecido por ter matérias de “investigação, dura e pura”, de acordo com uma nota do setor de Imprensa da Embaixada angolana em Portugal sobre o assunto.
O ataque informático, indica a “Tal & Qual”, terá sido realizado pela empresa Black Cube, formada por ex-membros dos serviços de segurança de Israel e com a qual a Isabel dos Santos terá estabelecido uma relação profissional de trabalho, direta ou através da Lapusu Group, contratada para trabalhos menores.
Entre as empresas citadas pelo jornal “Tal & Qual” encontra-se o grupo Cofina, proprietária da CMTV, Correio da Manhã e Jornal Negócios, e também a Impresa, dona da SIC e do Expresso.
A empresária angolana terá contratado então a Black Cube, uma agência privada israelita de espionagem localizada em Tel Aviv, cidade de Israel, e com escritórios em Londres e Madrid. Esta terá conseguido gravar em segredo conversas de altas figuras da política angolana para provar que a suposta perseguição de que Isabel dos Santos é vítima é liderada pelo atual chefe de Estado angolano, João Lourenço.