Angola: Isabel dos Santos perde poder nas telecomunicações em Portugal

Empresária angolana Isabel dos Santos

A empresária Isabel dos Santos voltou a ver o seu nome envolvido em polémica. Isto porque a Sonaecom anunciou a dissolução da Zopt, uma sociedade que mantinha com a empresária angolana e que era acionista maioritária da NOS. Recorde-se que esta última trata-se de uma das maiores empresas portuguesas de telecomunicações.

Segundo o comunicado da empresa, que integra o grupo português Sonae, a Sonaecom e Isabel dos Santos concordaram em “promover as diligências necessárias à dissolução da Zopt”. Tal será feito de modo a que os respetivos ativos, incluindo a participação na NOS, sejam repartidos proporcionalmente pelos acionistas da dita Zopt”.

A empresa detinha uma participação de 52,15% na NOS. Com esta separação, a NOS deixará então de “estar sob o controlo conjunto da Sonaecom e da Eng.ª Isabel dos Santos (enquanto acionista de controlo da Unitel International Holdings, BV e da Kento Holding Limited)”.

Apesar disso, a Sonaecom quer continuar a ser “acionista de referência da NOS, SGPS SA e continuar a assegurar um quadro de estabilidade acionista favorável ao desenvolvimento do seu importante projeto empresarial no setor das telecomunicações”.

Contrato de compra e venda com o BPI

Em outro comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários pela Sonae, o grupo revelou ter formalizado um contrato de compra e venda com o Banco Português de Investimento (BPI). Tal teve “por objeto a aquisição, por transação realizada fora de mercado regulamentado, de 38 milhões de ações representativas de 7,38% do capital social e direitos de votos” da NOS.

Assim, a Sonae passará a deter os direitos de voto de 306.644.537 ações das NOS, correspondentes a uma participação de 59,52% do capital social e dos direitos de voto na NOS, “de forma direta por efeito da participação de 7,38%”.

Já de forma indireta ocorrerá “por via do controlo conjuntamente exercido pela Sonaecom” sobre a Zopt, de 268.644.537 ações, correspondentes a 52,15% do capital social e dos direitos na operadora de telecomunicações nascida da fusão das antigas Optimus e Zon.

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