O antigo Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, quer provar a sua inocência em tribunal e esclarecer as “zonas cinzentas” dos escândalos de corrupção. Entre eles está o caso da Sonangol, onde o seu nome surge como alegado cérebro.
A defesa do antigo governante está então a ser preparada contra todas as acusações de envolvimento em atos de corrupção de que tem sido alvo em Angola. O nome de José Eduardo dos Santos surge numa lista de acusações, entre as quais de envolvimento da Suninvest, empresa ligada à Fundação José Eduardo dos Santos (FESA).
Esse negócio terminou na apropriação alegadamente ilícita de terrenos nas encostas do Miramar, em Luanda, e com a construção, na mesma área, do Hotel Intercontinental, inaugurado no ano passado.
É igualmente referida na lista a parceria estabelecida entre a petrolífera estatal angolana Sonangol e o grupo chinês China International Fund (CIF), liderado pelo empresário sino-britânico Sampa Pa, detido em Pequim por suspeitas de desvios de avultados recursos chineses em diversos negócios em Angola.
Após as suspeitas de corrupção detetadas pela Procuradoria-Geral da República de Angola, José Eduardo dos Santos disse que iria provar a sua inocência em tribunal perante as acusações de que é alvo.