O chefe de Estado angolano, João Lourenço, é acusado de ter violado o decreto de medidas de prevenção e controlo da propagação da Covid-19, assinado pelo próprio a 09 de abril. Isto porque não ficou dez dias em quarentena após a vinda de Paris, na passada quinta-feira, 20 de maio, onde participou na Cimeira sobre Economia de África.
Se tivesse cumprido o referido decreto, João Lourenço terminaria a sua quarentena domiciliar a 30 de maio. No entanto, desde que regressou a Angola, o governante continuou a realizar atividades. Nesta terça-feira, por exemplo, conduziu a 5.ª reunião do Conselho de Ministros.
Nesse mesmo dia, o gabinete presidencial informou que o Presidente da República ouviu numa outra reunião o Conselho de Segurança Nacional, tendo assinado a exoneração de seis oficiais generais da Casa de Segurança. Já no dia seguinte cumpriu outra agenda de trabalho.
Também a Primeira Dama, Ana Dias Lourenço, que esteve igualmente em Paris, terá violado o mesmo decreto, uma vez que que participou numa cerimónia na Universidade Piaget, em Viana, um dia depois do seu regresso de França.
Já o dirigente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, chegou a Luanda vindo de Lisboa no passado dia 18 de maio e cumpriu o período de quarentena domiciliar estipulado após a realização de uma viagem, terminando nesta quinta-feira, 27 de maio, o seu isolamento. O mesmo aconteceu com o comandante-geral da Polícia Nacional, comissário-chefe Paulo Gaspar de Almeida, que também esteve recentemente em Lisboa e encontra-se em quarentena.