O Presidente angolano, João Lourenço, admitiu que as esperanças de reestruturação da economia nacional “não se vão concretizar a breve trecho”. Tal deve-se às condicionantes da Covid-19, explicou.
Ao intervir no debate geral da 75.ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, o governante afirmou que a pandemia afetou a economia do país. Isto porque a mesma paralisou os serviços essenciais, tal como tem acontecido no resto do mundo.
Assim, o novo coronavírus desarticulou a cadeia produtiva, afetou os preços dos principais produtos de exportação e desencadeou níveis de desemprego bastante altos, observou ainda o chefe de Estado. A atual situação social é então preocupante, concluiu.
“As nossas esperanças de começar a obter resultados positivos depois do esforço de reestruturação da economia nacional, realizado num contexto em que tivemos de aplicar medidas difíceis e com um impacto bastante duro sobre a vida das populações, não se vão concretizar a breve trecho”, frisou.
Também segundo João Lourenço, os recursos disponíveis para financiar o setor produtivo da economia angolana, dentro da lógica da sua recuperação, tiveram que ser desviados face ao contexto atual, para atender as necessidades de biossegurança e igualmente outras de carácter epidemiológicos urgentes.
“Neste âmbito, fomos obrigados a criar, muito rapidamente, centros para albergar pessoas em situação de quarentena institucional em todo país, apetrechar os hospitais nacionais com equipamentos fundamentais para as urgências médicas ligadas à Covid-19”, lembrou.
“Esta pandemia veio demonstrar a fragilidade, a nível mundial, das estruturas sanitárias de resposta a problemas de tão elevada magnitude e gravidade”, acrescentou.
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