Angola: João Lourenço afasta-se de homólogo da Guiné-Bissau

Presidente de Angola, João Lourenço

O Presidente angolano, João Lourenço, está a ser interpretado em círculos diplomáticos como tendo “encurtado” contactos com o seu homólogo guineense, Umaro Sissoco Embaló. Tal ocorre devido a declarações proferidas por Embaló em março, que foram consideradas deselegantes contra Angola.

O desentendimento entre ambos terá acontecido depois de João Lourenço ter recebido a 26 de fevereiro, no Palácio Presidencial, em Luanda, o candidato derrotado das eleições presidenciais na Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira. Este solicitou na altura que Angola fizesse um “permanente acompanhamento” do seu país.

 No mês seguinte, o autoproclamado Presidente da Guiné-Bissau, Sissoco Embaló, lançou publicamente duras críticas ao homólogo angolano. O governante acusou-o então de interferir nos assuntos internos do seu país e ainda de perseguir a família do ex-Presidente José Eduardo dos Santos.

Poucos dias depois, o presidente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, pediu desculpas ao povo angolano pela agressão e desrespeito do autoproclamado Presidente da Guiné-Bissau.

Atualmente, é atribuída ao chefe de Estado angolano a decisão de não enviar novamente o seu representante diplomático a Bissau. Há igualmente a intenção de transferi-lo para Singapura como Embaixador.

2 Comments

  1. Pedro Martins Pereira

    Uma posição mais correta que a do Estado Português.
    A Guiné-Bissau é governada por um auto intitulado presidente, como todos sabem, que retirou do governo quem ganhou legitimamente as eleições.

  2. Gomes Ompamquia

    a intriguista foi o q soprou fogo entre dois países, mas também se o presidente angolano levar isso em conta,sim a Guiné Bissau têm interesse à manter as nossas relações históricas, mas nós não temos nenhum interesse em Angola contrário Angola o mpla e os angolanos deve favor a Guiné s0 Bissau, prá me Angola devia ser mediador averiguar onde está a verdade e buscando a solução, não prá servir de advogado de uma pessoa ou grupos, merreram muitos guineenses na vossa luta pela ambição de poder, e morreram muitos aterrorizados no passado recente mesmo assim demos a cara como nossos irmãos, mas as autoridades não pediram desculpa formal à Guiné Bissau ,más td o que passava o povo guineenses sabia, porquê q não pediram desculpa ?porque tinham o conhecimento do que stá a passar,as relações pessoais é outra coisa e a soberania também é outra devemos ter enconta isso sem machucar as relacionamentos de dois povos, por hoje é td .

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