O Presidente angolano, João Lourenço, está em vias de revogar o Decreto Presidencial n.º 6/20, que nomeou na semana passada o deputado Sérgio Leonardo Vaz, do MPLA, para o cargo de governador provincial do Cunene. Esta decisão dever-se-á ao facto de terem surgido advertências contra o visado, que tem alegadamente antecedentes criminais que decorrem nos tribunais em Angola.
Neste âmbito, Leonardo Vaz terá recebido um comunicado a informar que não faria parte do grupo de novos governantes que tomou posse na passada sexta-feira, 24 de janeiro.
Em sua substituição, o chefe de Estado tenciona nomear Gerdina Ulipamue Didalelwa, que ocupa atualmente o cargo de segunda secretária provincial do partido no poder, é membro do Comité Central e viúva do antigo governador António Didalelwa.
Antes desta escolha terá sido ponderado o nome de Ovídio Pahula. No entanto, tal foi rapidamente colocado de parte por também pesar sobre o visado um processo na Procuradoria da República junto ao Serviço de Investigação Criminal (SIC) do Cunene por agressão, no ano passado, a um professor do complexo escolar Pitágoras, na cidade de Ondjiva.
A concretizar-se esta nomeação, Didalelwa tornar-se-á a primeira mulher a liderar o governo da província do Cunene, uma região onde os homens têm a reputação de se recusarem a ser mandados por pessoas do sexo oposto.