O Presidente da República de Angola, João Lourenço, apelou ao diálogo entre a UNITA, a TPA e a TV Zimbo, na sequência das agressões contra os jornalistas desses órgãos de comunicação social durante a marcha de sábado, 11 de setembro, em Luanda.
“Eu penso que a iniciativa foi dos ofendidos [órgãos de comunicação social] à intolerância por parte de um determinado partido político. Sentiram a vida dos seus jornalistas em causa, em perigo, e reagiram da forma como todos nós vimos”, declarou, referindo-se ao facto de as duas televisões públicas terem dito que não iriam mais cobrir atividades da UNITA.
O chefe de Estado considera que a guerra dos comunicados não ajuda. “Muito pelo contrário, acirra cada vez mais os ânimos. Faz aumentar o nível de tensão que nós, enquanto líderes deste país, devemos evitar”, observou.
As declarações foram feitas nesta quarta-feira, 15 de setembro, durante a conferência de imprensa enquadrada na visita realizada à província do Cuanza-Norte. João Lourenço acrescentou que a situação trata-se de uma questão de diálogo e conversa.
“Acredito que, se isso acontecer, os ofendidos acabarão por perdoar e voltar tudo ao normal”, concluiu.