O Presidente da República de Angola, João Lourenço, declarou esta quinta-feira, 23 de maio, que, no quadro da diversificação da economia no país, o setor do Turismo assume um importante papel como promotor do desenvolvimento e gerador de receitas e de postos de trabalho.
“Com a inserção do turismo neste programa, enquanto um dos setores estratégicos para a diversificação da economia nacional, pensamos ter iniciado um processo irreversível de dinamização da atividade económica, com vista a inversão do cenário desfavorável provocado pela crise económica e financeira que assolou o país”, sublinhou.
As afirmações foram feitas na abertura do Fórum Mundial do Turismo (WTF, sigla inglesa), em Luanda, onde o governante acrescentou que para o setor desempenhar tal papel, o Governo tem como aposta, a curto e médio prazo, a expansão das infraestruturas hoteleiras, a infraestruturação dos pólos turísticos de Cabo Ledo, Calandula e do projeto Transfronteiriço de OKavango Zambeze, com o objetivo de aumentar a oferta e as opções de diversidade de turistas e clientes, em geral.
Além das infraestruturas, o Chefe de Estado referiu que a aposta passa pela melhoria da qualidade dos serviços no setor, bem como a promoção da atividade nos mercados internacionais promotores do turismo e que despertem o interesse dos turistas para os diferentes destinos turísticos mundiais.
O discurso foi realizado perante uma plateia de personalidades ligadas à indústria turística e política mundial, com destaque para o ex-presidente francês, François Hollande, que elogiou a visão estratégica do Presidente angolano na promoção do turismo como factor de desenvolvimento.
Hollande, que efetuou uma visita de algumas horas a Luanda para participar nos trabalhos do Fórum Internacional do Turismo, falou à imprensa no final de uma audiência que lhe foi concedida pelo Chefe de Estado, tendo dito que “o Presidente João Lourenço entendeu o que é o turismo. Não, simplesmente, na visão de visita de pessoas, mas no que o turismo pode proporcionar ao desenvolvimento das artes, do comércio e de outros sectores da economia angolana”.
Mencionou também que acredita nas potencialidades de Angola e nas “grandes oportunidades” de investimento para nacionais e estrangeiros, avançando que o seu país pode ajudar a desenvolver o turismo angolano, dada a capacidade e experiência que tem em domínios como o hoteleiro.
A capital do país, Luanda, é a zona que alberga maioria dos empreendimentos turísticos, correspondendo os mesmos a 60% dos empreendimentos e equipamentos turísticos existentes em Angola. Os restantes 40% estendem-se pelas restantes 17 províncias, de acordo com a ministra da Hotelaria e Turismo, Ângela Bragança.
Segundo a própria, existem no país 235 hotéis, 1.771 empreendimentos hoteleiros, 5.829 restaurantes e similares, bem como 317 agências de viagens. A diminuição de entrada de turistas no país originou em 2017 um défice significativo do setor do turismo nesta década, uma situação que João Lourenço quer inverter.
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Cordiais saudações a excelência!
Agradeço e louvo a iniciativa do nosso governo, na abertura de financiamento para o turismo em Angola. Porém, gostaria que houvesse menos burocracia no processo de financiamento, há jovens com projetos excelentes e ambiciosos, mas sem garantia a oferecer aos bancos. Pedimos reflexo e abertura de possibilidades para nós!
Eu Salatiel António Francisco, tenho um projeto turístico ambicioso, sustentável e rejuvenescedor. Não consigo concretizar, porque não encontro métodos satisfatórios nos bancos e parceiros, contudo, dentro de limites humanos, estou aberto a diálogo e propostas para efectividade do projecto.