O Presidente de Angola, João Lourenço, garantiu que as eleições gerais vão ser realizadas em 2022, conforme está agendado. A confirmação contrariou assim os receios de alguns políticos da oposição, que diziam estar céticos sobre o sufrágio ocorrer na data prevista.
As declarações do chefe de Estado foram feitas aos jornalistas após uma visita às obras da futura sede da Comissão Nacional Eleitoral (CNE). João Lourenço aproveitou a ocasião para falar sobre dois temas da atualidade, nomeadamente as alegações de alguns políticos da oposição segundo as quais o debate sobre a possível nova divisão político-administrativa do país é um expediente encontrado pelo Executivo para adiar as eleições gerais do próximo ano e a polémica à volta da nomeação da nova Juíza Presidente do Tribunal Constitucional.
Para o governante, não faz qualquer sentido interligar a realização das eleições com a ideia de se modificar a estrutura administrativa do país, algo que ainda nem sequer se sabe quando acontecerá. “Se estamos a criar condições materiais para as eleições, é porque queremos e vamos realizá-las”, frisou.
Quanto à escolha da antiga secretária de Estado Laurinda Cardoso para dirigir o Tribunal Constitucional, o Presidente desafiou aqueles que criticam a decisão para que apontassem onde foi que o chefe de Estado desrespeitou a Constituição da República ou qualquer outra lei.