O chefe de Estado de Angola negou nesta quinta-feira, 17 de dezembro, informações sobre as autoridades terem proibido a realização de manifestações. João Lourenço aproveitou a ocasião para condenar a vandalização de bens públicos e privados levada a cabo por alguns manifestantes.
“Passa-se muitas vezes a informação tendenciosamente deturpada de que as autoridades angolanas proibiram as manifestações, algo que é absolutamente falso, porque com as limitações da Covid-19, o que o Executivo fez, no âmbito das suas responsabilidades, foi limitar o número de pessoas em ajuntamentos na via pública”, explicou.
No discurso realizado num encontro com as chefias das forças militares e policiais, na qualidade de Comandante-em-Chefe das Forças Armadas Angolanas, o governante lembrou que o país assistiu “com indignação o ultraje e a profanação da figura de Agostinho Neto, pai da Nação, cometido por alguns jovens manifestantes”.
“Essa atitude em nada dignifica a juventude angolana, que ao longo da nossa história deu provas de boa educação, de respeito pelos símbolos nacionais e figuras históricas. Deu provas de patriotismo”, frisou.
“Não há necessidade de vandalização de bens públicos ou privados, não há necessidade de agressão física ou verbal contra as autoridades, contra cidadãos ou contra jornalistas de órgãos que aparentemente não apoiem a realização das manifestações”, observou.
Para o Presidente da República, destruir bens públicos ou privados, ultrajar, ofender ou ameaçar de morte, não importa quem, não é manifestar e “são actos condensáveis”.