O Presidente angolano declarou esta quarta-feira, 03 de abril, que a sua visita oficial à Rússia tem como objetivo ampliar a cooperação económica com o país. João Lourenço encontra-se em Moscovo, capital russa.
“Viemos à Rússia para fortalecer esses laços [de amizade], mas especialmente para diversificar a cooperação entre os nossos países, para fortalecer e ampliar a cooperação económica, porque do ponto de vista político, diplomático já temos relações bastante fortes”, esclareceu durante a reunião com o presidente da Duma de Estado (câmara baixa do Parlamento russo), Vyacheslav Volodin.
“Levando em conta o nível de desenvolvimento da economia russa e o enorme potencial da economia de Angola, queria destacar as áreas de cooperação para ampliar e fortalecer nossas relações. É nesta linha em geral que vão ser realizadas amanhã as negociações com o Presidente Vladimir Putin”, acrescentou.
O chefe de Estado disse ainda que Angola conta com maiores investimentos de longo prazo feitos por parte da Rússia. “Agora, quando é preciso melhorar as condições e garantir a recuperação económica e o desenvolvimento sustentável da República de Angola, estou certo de que esse apoio e solidariedade podem vir a adquirir novas formas, incluindo investimentos maiores e de prazo mais longo em Angola”, sublinhou no discurso feito durante a sessão plenária da Duma de Estado.
João Lourenço referiu também que vai condecorar Vladimir Putin durante o encontro entre ambos, que será realizado esta quinta-feira, dia 04. “Amanhã [hoje] algo acontecerá pela primeira vez. Condecoraremos fora do nosso território o senhor presidente Vladimir Putin com a Ordem Agostinho Neto”, revelou, explicando que “desse modo queríamos sublinhar mais uma vez a nossa gratidão pelo apoio que a Rússia prestou ao povo angolano desde os primeiros momentos da nossa independência”.
Foi ainda mencionada a fabricação e montagem de armamentos russos em Angola. “Estou certo de que a atual cooperação militar com a Rússia vai continuar e se ampliar, é um desejo de ambos os países, da Rússia e de Angola […] Prevemos continuar a cooperação entre os nossos países nesse campo. Quando falamos sobre a cooperação, tenho em mente não apenas as compras de armamento e sua modernização, mas também a criação de capacidades para fabricação e montagem de armamento no nosso território, para que Angola seja menos dependente de outros países”, salientou o governante.