O chefe de Estado angolano, João Lourenço, pediu às autoridades são-tomenses que ajam com espírito de justiça e serenidade, de maneira a esclarecerem a situação do país.
O apelo foi feito no sábado, 26 de novembro, depois de no dia anterior quatro homens terem atacado, de madrugada, um quartel do Exército em São Tomé e Príncipe. Segundo o primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada, tratou-se de “uma tentativa de golpe” de Estado.
Sabe-se que os quatro atacantes morreram, além de um dos alegados mandantes da ação que tinha sido detido, Arlécio Costa. Era um antigo oficial do extinto “Batalhão Búfalo”, já condenado em 2009 por outra tentativa de golpe de Estado, há quase 20 anos. Outro dos alegados responsáveis, o ex-presidente da Assembleia Nacional e atual deputado do movimento Basta, Delfim Neves, foi preso.
As declarações de João Lourenço sobre o sucedido foram feitas na qualidade de Presidente em exercício da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). O governante pediu a adoção de medidas em observância com a legislação do país visado e com os princípios dos direitos humanos.
O Presidente salientou que Angola iria continuar a acompanhar com atenção o desenrolar dos acontecimentos em São Tomé e Príncipe e manifesta-se disponível para desempenhar o papel que lhe for requerido no âmbito da CPLP, com vista à construção de uma base de entendimento entre todas as forças vivas da nação são-tomense.