O Presidente de Angola e líder do MPLA, João Lourenço, está alegadamente a reconsiderar dar “tréguas” ao presidente deposto da UNITA, Adalberto Costa Júnior. A informação foi avançada pelo “Club-K”, que cita o boletim Africa Monitor Inteligence com o título “Campanha anti-ACJr ofusca Lourenço”.
O motivo desta ponderação dever-se-á ao facto de João Lourenço entender que o combate ao opositor está a produzir resultados contrários, levando ao desgaste da sua imagem e credibilidade.
O referido boletim menciona na sua edição desta quinta-feira, 11 de novembro, que o dirigente do partido no poder, ao notar que a campanha contra Costa Júnior estaria a afetar a sua imagem interna e externa, principalmente devido aos meios e métodos que têm sido usados para prejudicar o opositor, terá tentado, através de um mensageiro, aproximar-se do líder da UNITA.
No entanto, essa aproximação terá sido feita com uma condição: a de Costa Júnior fazer cessar os “ataques” ao chefe de Estado. Este receio em relação ao adversário deve-se à popularidade do mesmo no seio da UNITA.
O Africa Monitor Inteligence considera igualmente que a persistência e a duração da campanha tornou Adalberto Costa Júnior numa “vítima”, o que aumento a sua popularidade interna.
“Foi o MPLA que disse que Adalberto Costa Júnior era estrangeiro, foi o MPLA que disse depois que Adalberto Costa Júnior tinha a liderança da UNITA por um fio. Foi por pressão do MPLA que o Doutor Manuel Aragão demitiu-se do TC [Tribunal Constitucional] para ser colocada lá a sua militante, que depois de pronunciamento que parecia alinhado com a CRA [Constituição da República de Angola] e a Lei, no dia de sua investidura, vem exatamente fazer o contrário, ou seja, alinhou com a estratégia do MPLA”, salienta Lourenço António, coronel na reforma e antigo assessor da presidência da UNITA, citado pelo “Club-K”.