O Presidente da República e líder do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), João Lourenço, salientou nesta terça-feira, 30 de junho, os esforços dos últimos dois anos no combate à corrupção no país.
Foi no discurso de abertura da 2.ª reunião ordinária do Bureau Político do partido no poder que o dirigente realçou igualmente que o MPLA “está proibido de passar mensagens erradas” sobre o referido assunto.
O governante abordou ainda o tema da pandemia da Covid-19 e a situação económica e política angolana, tendo deixado recados às vozes críticas da luta contra a corrupção, principalmente no que diz respeito aos processos judiciais contra a empresária angolana Isabel dos Santos.
“Alguns consideram apenas bons resultados o maior ou menor número de pessoas arroladas, detidas ou condenadas ou que o Estado já devia ter recuperado todos os ativos, o que a todos os títulos não é realista, uma vez que o dinheiro criou em alguns a ilusão e falsa sensação de impunidade, não fazendo voluntariamente a devolução dos ativos que ao povo angolano pertencem”, disse.
João Lourenço acrescentou que “ao Estado e à justiça angolana não resta outra escolha senão o de alcançar o mesmo objetivo pelos meios legais ao seu alcance incluindo a cooperação judiciária internacional”.
O chefe de Estado falou sobre “as vozes que se levantam no sentido de que a luta contra a corrupção está a ser mal gerida e que a melhor saída seria organizar um debate no seio do MPLA para resolver o problema” dentro da formação política, mas frisou que este não é só um problema do MPLA.
“É um problema dos angolanos e da sociedade no seu todo, nenhuma força política pode se arrogar o direito de a monopolizar, sob pena de ser entendido como uma tentativa de branqueamento dos seus”, concluiu.