O chefe de Estado de Angola, João Lourenço, assumiu no sábado, 17 de julho, a presidência rotativa da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). Ao tomar essa nova posição, lançou o desafio de criar um banco de investimentos na organização lusófona.
“Somos uma força política e cultural a considerar, podemos ser também uma força económica relevante se trabalharmos para isso. No âmbito da busca de mecanismos de financiamento, deixamos aqui o desafio de se começar a pensar na pertinência e viabilidade, ainda que remota, da criação de um Banco de Investimentos da CPLP”, declarou no discurso de encerramento da cimeira da comunidade.
O governante angolano realçou igualmente a importância do acordo de mobilidade assinado na cimeira da CPLP e manifestou solidariedade para com a população da província moçambicana de Cabo Delgado, zona Norte do país frequentemente atacada por grupos armados.
“A mobilidade é decisiva para uma maior aproximação entre os nossos povos, para a cooperação económica, para o enriquecimento da língua portuguesa e para um maior intercâmbio cultural e turístico. Isso permitirá que milhões de cidadãos dos nossos países beneficiem de forma concreta dos ganhos e vantagens da pertença a uma comunidade que se expande por países de quatro continentes, com formas próprias de vida e de expressão cultural e artística”, considerou. No entanto, admitiu que há “ainda um caminho a percorrer” para implementar o acordo.
Angola substituiu então Cabo Verde na presidência rotativa da CPLP, tendo já partilhado o objetivo de apostar na vertente económica e empresarial da organização.