Cerca de 600 manifestantes marcharam em Luanda neste fim de semana. O motivo deve-se novamente às dificuldades económicas e sociais sentidas pelo povo angolano.
Outro motivo tem a ver com a decisão do Tribunal Constitucional em chumbar consecutivamente a legalização do projeto político PRA-JA Servir Angola, criado pelo político Abel Chivukuvuku.
Centenas de protestantes, sendo a maioria jovem, disseram que sentiam “cansaço” pelas dificuldades económicas e sociais que o país atravessa. Como tal, decidiram demonstrar o descontentamento no sábado, 19 de dezembro.
Muitas pessoas começaram a concentrar-se junto ao cemitério de Santa Ana, com cartazes que criticavam a postura do Tribunal Constitucional. A marcha começou às 13h00, em obediência à lei das manifestações, assim que Chivukuvuku chegou ao local.
Entre os descontentes encontrava-se também o coordenador do município de Luanda, Luís Valente. “Vamos lutar até chegarmos a vencer o tribunal dessa decisão não jurídica, mas sim política”, declarou.
Ao dirigir-se aos manifestantes, Chivukuvuku prometeu que iria continuar a lutar na justiça pela legalização do seu projeto político e a realizar manifestações em todo o país em 2021. O político contou que foi ameaçado de morte por querer fazer esta manifestação.