A vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, garantiu que não existe qualquer perseguição política nem justiça seletiva nas ações contra os negócios da empresária Isabel dos Santos.
A afirmação foi feita na cidade da Praia, em Cabo Verde, tendo a representante do partido no poder em Angola reiterado a opção pela luta contra a corrupção do chefe de Estado angolano, João Lourenço.
“Não há perseguição política e nem justiça seletiva como alguns dizem porque a prática mostra todos os dias que nós estamos a combater vários focos de corrupção, não só na pirâmide, mas também na base”, disse à imprensa, dando como exemplo a prisão de “alguns administradores que foram acusados de peculato e foram detidos, prova evidente que a justiça está a fazer o seu trabalho”.
Quando questionada sobre relatos de que este combate está a provocar um certo mal-estar no seio do MPLA, respondeu que “a luta contra a corrupção não pode causar ruídos nenhuns por se tratar de um programa aprovado pelos próprios militantes” dessa formação política.
“Fizemos isso com coragem e determinação por entendermos que havia males a combater. Aliás, o lema do nosso partido neste momento é melhorar o que está bem e corrigir o que está mal”, frisou.
Luísa Damião encontra-se atualmente em Cabo Verde para participar no congresso do partido cabo-verdiano PAICV, que se realiza neste fim de semana.