O ex-secretário provincial para a mobilização urbana da UNITA em Luanda, Kawikh Sampaio da Costa, defende que a destituição do presidente da formação política, Adalberto Costa Júnior, constitui uma prioridade urgente para salvar o partido do descrédito.
As declarações foram feitas nesta quarta-feira, 31 de março, numa conferência de imprensa realizada em Luanda. Sampaio da Costa anunciou que abdicou do cargo e acusou o dirigente da maior organização política na oposição em Angola, a quem comparou a Adolf Hitler, de conduzir com arrogância os destinos da UNITA.
Costa Júnior foi então chamado de “falsário e mentiroso compulsivo”, com dificuldades de provar o seu título de engenheiro e a renúncia efetiva da nacionalidade portuguesa.
“A UNITA deve assumir o erro de eleger para presidente alguém que não está em condições de ser cabeça de lista em eleições, nem de candidato a chefe de Estado, por ser filho de português e de uma cabo-verdiana, e por ser incapaz de provar a renúncia da nacionalidade paterna”, criticou.
A mesma fonte declarou que fez parte de um grupo de militantes e que se opôs à candidatura de Costa Júnior à liderança da UNITA pelo facto de o mesmo apresentar apenas ao partido um recibo da solicitação de renúncia da nacionalidade portuguesa, e nunca o respetivo deferimento.