O pré-candidato à liderança do MPLA, António Venâncio, denunciou que os militantes do partido no poder têm sofrido pressão para não apoiarem a sua candidatura. Segundo o próprio, essa pressão tem aumentado nos últimos dias, em todo o país.
“Todas as províncias estão neste momento num processo de mono-candidatura e, se nós já estávamos com dificuldades, agora as coisas pioraram”, afirmou à “VOA”.
O engenheiro, que ainda não formalizou a sua candidatura, queixou-se de que a imprensa pública angolana continua a contribuir para incutir na mente dos militantes a tese de que deve haver uma só candidatura no VIII Congresso Ordinário do MPLA, sendo essa a do atual presidente da formação política, João Lourenço. O evento está marcado para decorrer de 09 a 11 de dezembro, em Luanda.
Faltam apenas três dias para que Venâncio possa entregar as assinaturas à subcomissão de candidaturas, uma vez que o prazo termina na sexta-feira, 05 de novembro. Depois segue-se a campanha eleitoral interna, de 23 de novembro a 07 de dezembro.
“A nossa missão é demonstrar ao país e ao mundo que é possível democratizar o MPLA e o país”, sublinhou.
Entretanto, João Lourenço já formalizou a candidatura à sua própria sucessão com a entrega de mais de 21 mil assinaturas, de acordo com o seu mandatário, general Pedro Neto.