O Ministério das Relações Exteriores de Angola decidiu exonerar todos os funcionários que recorressem às redes sociais para exporem “conteúdos institucionais” relacionados com o volume de denúncias sobre alegados casos de desvios de fundos nas missões diplomáticas.
Numa circular datada de 04 de janeiro, o referido ministério partilhou que existiam funcionários que tinham vindo a fazer um uso abusivo das redes sociais para exporem “conteúdos institucionais”. Segundo esta entidade, o objetivo de quem o faz é obter a resolução de questões internas, o que considera violar assim os princípios de ética e de deontologia.
“Esta prática, considerada uma infração disciplinar, implicará doravante a abertura de um inquérito que poderá culminar na execução imediata do funcionário infrator ou na aplicação de uma das penas disciplinares previstas no diploma supracitado”, pode ler-se no documento.
A circular apela à “exigente observância dos valores essenciais constantes da pauta deontologia do sérvio publico em geral e do código de ética do Ministério das Relações Exteriores”.
Esta situação está a causar fortes debates em meios da diplomacia por se considerar que a medida tomada pelo ministério em questão contradiz então os apelos do Presidente da República, João Lourenço, que pede frequentemente à população angolana que denuncie casos de corrupção nas instituições.