O ministro do Interior angolano exortou esta quinta-feira, 29 de novembro, no Huambo, a comunidade de inteligência a desempenhar um papel mais ativo no combate à corrupção, nepotismo e branqueamento de capitais. Ângelo Tavares mencionou o assunto durante o acto central dos 43 anos de existência dos Órgãos de Inteligência do Estado, onde esteve em representação do ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República.
Para o representante do Governo, é importante que a comunidade de inteligência trabalhe principalmente na identificação das pessoas envolvidas neste tipo de práticas, com o objetivo de conseguir impedir que comportamentos desta dimensão prejudiquem o património e as finanças públicas do Estado angolano.
Ângelo Tavares lembrou que o país viveu um longo período de guerra e que, nessa altura, o papel da comunidade de inteligência foi bastante crucial para a garantia da integridade territorial, identificação de possíveis ataques e desmantelamento de grupos que atentavam à segurança do Estado. Agora, em tempo de paz e de nova visão governativa, onde se realça o combate à corrupção, nepotismo e ao branqueamento de capitais, é novamente essencial o papel desta comunidade, que tem à disposição ferramentas de serviço, não apenas para o repatriamento de capitais, mas também para a identificação das pessoas envolvidas nas práticas destes crimes.
De acordo com o ministro do Interior, “este desiderato já foi mais complexo, mas hoje e com a cooperação existente com outras comunidades de inteligência existentes no mundo, é possível proceder-se de forma eficaz e célere a troca de informação que permite auxiliar as autoridades judiciárias no esclarecimento de factos que atentem contra à segurança económica, financeira, politica e, sem descurar, os crimes contra humanidade, terrorismo convencional e cibernético”.