A Moody’s, empresa americana de serviços financeiros e de negócios, observou que a principal questão sobre a evolução do ‘rating’ de Angola é saber se o Governo vai conseguir refinanciar a dívida de curto prazo e as necessidades de financiamento.
Segundo a diretora do grupo de análise do risco soberano na agência financeira, Marie Diron, o foco atual é o que se via antes da pandemia, ou seja, saber se o Governo angolano vai conseguir refinanciar a dívida de curto prazo e diminuir as necessidades de financiamento. O objetivo é dar assim maior flexibilidade às opções.
Diron acrescentou que as duas descidas de ‘rating’ em 2020 deveram-se ao aumento do rácio da dívida face ao Produto Interno Bruto (PIB), na sequência da pandemia da Covid-19.
Quanto à depreciação da moeda angolana, kwanza, prosseguiu, tratou-se de um fator importante para a evolução das contas públicas. Uma vez que os preços do petróleo desceram, mas, atualmente, estão a recuperar, a representante da Moody’s fala da estimativa de o orçamento deste ano ser equilibrado, com um alívio da pressão sobre a moeda.