A UNITA entregou ao Tribunal Constitucional de Angola a sua candidatura para as próximas eleições gerais nesta terça-feira, 21 de junho. No local encontravam-se alguns cidadãos que decidiram protestar contra a inclusão de Abel Chivukuvuku como candidato à Vice-Presidente da República.
O “Angola 24 Horas” avançou que se tratava de um grupo contratado e financiado pelo general José Tavares, do MPLA. Os indivíduos estavam vestidos com camisolas da UNITA, principal partido da oposição no país e manifestaram em frente ao Palácio da Justiça.
Foram usados cartazes com mensagens hostis, principalmente contra Chivukuvuku, antigo quadro da UNITA e ex-dirigente da coligação CASA-CE, representando atualmente o projeto político PRA-JA Servir Angola. O visado e outros fazem parte da lista de candidatos da UNITA através da chamada Frente Patriótica Unida, encabeçada por Adalberto Costa Júnior.
Os manifestantes queixaram-se de veteranos militantes terem sido preteridos na lista de candidaturas às eleições gerais, acusando a direção da formação política de desrespeitar “o sacrifício dos heróis conhecidos e anónimos da causa da UNITA”.
Em reação ao sucedido, o secretário-geral da UNITA, Álvaro Chipwamanga Daniel, minimizou o protesto. Num Estado democrático e de Direito, declarou, “é normal as pessoas se manifestarem, pois estão a exercer o seu direito de manifestação”.
Segundo a mesma fonte, muitos desses cidadãos que se manifestaram em frente à sede do Tribunal Constitucional “nem sequer são militantes do partido”. E, mesmo que o fossem, “não representam a milésima parte” dos militantes da UNITA.
Chipwamanga Daniel acrescentou que muitas das figuras históricas do partido, entre as quais Isaías Samakuva, Kamaluta Numa e Lukamba Gato, “cederam voluntariamente” os seus lugares para permitir a entrada no Parlamento de candidatos mais novos.