O atual dirigente da FNLA, Lucas Ngonda, de 81 anos, vai concorrer à sua própria sucessão, de acordo com uma fonte ligada ao seu gabinete. O evento irá decorrer no V Congresso, que realizar-se-á em junho.
A decisão foi tomada apesar da existência de diversos protestos contra a liderança de Ngonda, uma situação que tem enfraquecido significativamente o partido e levado o mesmo a uma possível extinção.
No entanto, o atual presidente da FNLA tem, alegadamente, dito aos seus principais colaboradores que quer recandidatar-se para concluir um projeto ambicioso que tem para a formação política. Este consiste em colocar a mesma como a segunda maior força política de Angola em 2027, posição atualmente ocupada pela UNITA.
Entretanto, a FNLA vai apostar, nos próximos dias, na sua reestruturação ao nível dos municípios, de maneira a enfrentar melhor os desafios que se aproximam, principalmente as eleições autárquicas e gerais.
A informação foi avançada à imprensa pelo secretário-geral do partido, Aguiar Laurindo. Ainda segundo o próprio, a FNLA vai priorizar igualmente uma liderança participativa para o crescimento da organização.
“Estamos comprometidos em alcançar resultados positivos nos próximos pleitos eleitorais, por isso vamos reestruturar as nossas organizações de base. Este 59.º aniversário é motivo de orgulho e satisfação, no sentido de refletirmos sobre os desafios que o partido se propõe atingir”, esclareceu no final de um seminário sobre as autarquias, promovido em alusão ao 59.º aniversário da FNLA.