O MPLA celebrou o seu 64.º aniversário nesta quinta-feira, 10 de dezembro. No entanto, enquanto o partido no poder há mais de 45 anos festejava, centenas de jovens decidiram reunir-se em Luanda para mais uma manifestação.
Os protestantes exigiram então o fim do MPLA e novamente a realização de autarquias em 2021, além da descida do preço dos produtos da cesta básica. A manifestação também foi contra a corrupção em Angola e a crescente falta de emprego, principalmente para a juventude.
A governadora de Luanda, Joana Lina, emitiu um comunicado em que “repudia veemente o acto” praticado. Trata-se do terceiro protesto em Luanda, em menos de dois meses.
Os protestos decorreram no Largo da Independência. Segundo os participantes, foi a fome que os motivou a participarem na manifestação. Emprego, saúde, educação e justiça para todos foram os pedidos feitos.
“JLo [Presidente João Lourenço], o povo tem fome”, podia ler-se num dos cartazes dos manifestantes.
Ao contrário das manifestações de 24 de outubro e de 11 de novembro, esta manifestação aconteceu sem violência. A Polícia Nacional assegurou o curso do protesto até ao fim, sem ter recorrido assim à força ou ao gás lacrimogéneo.