Angola: Oposição dividida sobre tomar posse no Parlamento

A UNITA admitiu nesta segunda-feira, 12 de setembro, que pondera tomar posse no Parlamento. Segundo o maior partido da oposição em Angola, a sua posição definitiva terá em vista a salvaguarda da paz e a consolidação da democracia.

O porta-voz da UNITA, Marcial Dachala, disse à “Lusa” que o partido avalia todos os cenários, não descartando o da posse. Recorde-se que a formação política alcançou 90 assentos no Parlamento através das eleições gerais de 24 de agosto.

“Estamos a conversar sobre todas essas questões, sobre os vários cenários possíveis e é uma dicotomia entre tomar (posse) ou não. A discussão é em torno dessas duas abordagens e penso que só na quarta-feira é que poderemos surgir com propriedade e dizer o que faremos”, declarou Dachala, que foi eleito deputado para a nova legislatura.

Outros partidos na oposição estão divididos, como é o caso do PRS, que ainda não decidiu sobre a posse dos deputados.

“Não se sabe ainda, esta será a decisão do partido. O partido ainda não decidiu nesse aspecto (posse dos deputados), também não está contente o PRS, porque daquilo que aconteceu o PRS não foi beneficiado pelos resultados, mas sim prejudicado”, afirmou à “Lusa” o líder do partido, Benedito Daniel.

Por sua vez, a FNLA decidiu remeter uma decisão sobre a posse dos deputados para as estruturas do partido.

“Não sei. A FNLA tem estruturas, há certas coisas que dependem apenas do presidente que decide, tem que ouvir os órgãos e vamos ouvir os órgãos, tão logo recebamos a comunicação do parlamento”, partilhou o presidente da organização política, Nimi a Simbi.

Já o mandatário do PHA, liderado por Bela Malaquias, avançou que o partido aguarda apenas o dia da posse, assegurando que os seus dois deputados terão uma “estreia em grande” e que deverão representar condignamente os eleitores.

“Será uma estreia em grande. Como sabe somos um partido novo e vamos fazer de tudo para que as nossas intervenções sejam sempre no sentido de representar condignamente todo o povo angolano”, explicou Simba Lwalwa.

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