Os partidos na oposição em Angola declararam que estão abertos a uma coligação para conseguirem vencer as eleições gerais de 2022. Uma vez que o MPLA está há anos no poder, a “vontade da mudança e da consolidação da verdadeira democracia no país são enormes”.
O presidente da FNLA, Lucas Ngonda, disse em entrevista que “a ideia é boa”. Segundo o próprio, as coligações “também fazem crescer a democracia”.
Para o dirigente, só com um projeto comum se poderá “fazer face à situação” de “uma ditadura parlamentar imposta pelo Movimento Popular de Libertação de Angola [MPLA]”, que está no poder desde 1975.
Também Abel Chivukuvuku manifestou disponibilidade para participar numa possível coligação das formações da oposição. Recorde-se que o político luta pela legalização do seu novo projeto político, denominado PRA-JA Servir Angola.
A coligação de partidos na oposição é igualmente defendida pelo PRS, cujo sucesso passa pela “independência” do Tribunal Constitucional e da Comissão Nacional Eleitoral (CNE).
O líder do PRS, Benedito Daniel, observou que “os partidos poderiam juntar-se, mas enquanto não for mudada a CNE e o Constitucional não for independente, a situação vai ser a mesma”.
É a UNITA, maior partido na oposição em Angola, que está a liderar um “amplo movimento de mudança”. No entanto, referiu que “ainda é cedo” uma abordagem sobre coligação de partidos e apontou as eleições autárquicas como meta inicial, não se sabendo ainda qual a data de realização das mesmas.