Os partidos da oposição em Angola pediram à Procuradoria-Geral da República (PGR) para que fossem investigadas as denúncias feitas recentemente sobre um alegado envolvimento do ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, em práticas de corrupção.
Esse apelo foi feito pela UNITA, pela CASA-CE e por um deputado independente. Estes querem igualmente uma reação do Governo acerca do assunto, considerando que o Presidente da República, João Lourenço, deve ser o primeiro a justificar a fortuna que possui.
A UNITA, maior partido da oposição no país, disse através de um comunicado que o caso vem juntar-se à lista de outras denúncias internas e externas relacionadas com o furto ao erário público desencadeado pelos governantes angolanos nos últimos 45 anos.
Já a CASA-CE realçou que não era apologista quanto aos denunciados serem exonerados de imediato, mas defendeu que a PGR deveria apurar os factos. “É necessário que a PGR investigue os dados e traga a situação aos órgãos de justiça para que estes coloquem o indivíduo nas barras da justiça”, declarou o líder da bancada parlamentar da coligação, Alexandre André.
Por sua vez, o deputado independente Makuta Nkondo afirmou que o exemplo devia partir de cima. “O próprio João Lourenço nunca nos disse qual é a sua fortuna e como a conseguiu. Eu, por exemplo, Makuta Nkondo, sou pobre, não tenho nada, mas o Presidente da República e a esposa são ricos. Nunca disseram como conseguiram esta riqueza, nem no Parlamento”, criticou.