Os representantes de partidos da oposição na província do Cunene apontaram os avanços significativos que têm sido verificados em Angola no que diz respeito à liberdade de expressão, vendo-os como uma marca evidente dos dois anos de mandato do Presidente da República, João Lourenço.
Segundo o secretário da UNITA no Cunene, Torga Pangeiko, as pessoas expressam, atualmente, as suas opiniões de forma aberta, o que dá espaço à sociedade civil. Outra mudança verificada durante a atual governação é o combate à corrupção, nepotismo, bajulação e outros males, acrescentou, referindo que tal deve ser feito com uma maior colaboração de todos os angolanos para que os objetivos sejam alcançados.
O político referiu igualmente que, no domínio da situação económica e social do país, o Executivo deve cumprir e colocar em prática as promessas eleitorais do seu programa, que indicavam a melhoria nos setores da educação e saúde. Torga Pangeiko manifestou-se também preocupado com a questão da reforma e da despartidarização dos órgãos de Estado, além da desvalorização constante da moeda nacional, o elevado custo de vida e, consequentemente a perda, do poder de compra.
Por sua vez, o secretário do PRS, Miguel Ndapewovano, declarou que abertura dos órgãos de impressa na abordagem de determinados assuntos e o sucesso no combate à corrupção e impunidade são actos positivos que afirmam o país no espaço internacional. Para o político, é bastante positivo o facto de o Chefe de Estado exonerar figuras do aparelho de Estado, bem como a detenção de altos dirigentes.
No entanto, mencionou que é importante que João Lourenço esteja mais atento aos problemas sociais da população, principalmente em relação ao desemprego, enquadramento dos ex-militares, combate à fome e acesso a água.