Nove organizações juvenis de partidos na oposição e da sociedade civil em Angola decidiram unir-se em prol de um descontentamento comum. Todos elas acusaram nesta quinta-feira, 23 de setembro, o Governo e as autoridades policiais angolanas de violações de direitos humanos numa onda de intolerância política, bem como de uso abusivo da força dos agentes de segurança do Estado.
Entre as organizações juvenis encontram-se as da UNITA, CASA-CE, PRS, FNLA. Já as associações da sociedade civil são o Movimento dos Estudantes Angolanos, Movimento Hip Hop Terceira Divisão, a UPA, a Sociedade Civil Contestatária e a ANATA dos Taxistas.
O grupo repudiou em declaração conjunta o facto de haver constantes violações pelo Executivo de direitos e liberdades constitucionais dos cidadãos que pensam diferente de quem governa. Como exemplo, os signatários mencionaram agressões e prisões arbitrárias protagonizadas pela polícia no Uíge e Zaire.
Segundo o porta-voz e líder da JURA, Agostinho Kamuango, no Zaire “jovens manifestantes indefesos foram agredidos quase até a morte”.
O comunicado apoia ainda a planeada marcha contra a autorização do aumento das propinas no ensino privado, que está prevista para este sábado, 25 de setembro. Foi igualmente demonstrada preocupação no que diz respeito à nova divisão político-administrativa, que consideram enquadrar-se na pré-campanha eleitoral.