Angola tem perdido, anualmente, milhares de milhões de dólares por não conseguir cumprir as quotas de produção de petróleo autorizadas pela Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP). Os obstáculos apontados para esta situação são problemas de manutenção e falta de investimentos.
Foi a esta conclusão que chegou a agência de notícias “Reuters”, através de um estudo. De recordar que, na altura em que a pandemia da Covid-19 começou a paralisar as economias mundiais, a OPEP diminuiu as quotas de produção para apoiar assim os preços do petróleo, que estavam em grande queda e que chegaram aos preços mais baixos dos últimos 20 anos.
No entanto, Angola está entre os países que não estão a conseguir aumentar a produção para os níveis de produção autorizados, de maneira a responder à demanda por parte das economias mundiais em recuperação.
Em julho, a OPEP e os seus aliados (OPEP +), concordaram com um aumento de 400 mil barris por dia (bpd) a partir de agosto e até dezembro deste ano. No entanto, apesar de a quota de Angola, segundo maior produtor de África, ser de 1,33 milhões de bpd, desde setembro de 2020 que o país tem estado a produzir abaixo da sua quota.
Com o preço de petróleo a 80 dólares (69 euros) por barril, Angola pode estar a perder mais de 11 milhões de dólares (mais de nove milhões de euros) por dia, uma vez que produz apenas 1,19 milhões de bpd em vez dos 1,33 autorizados pela OPEP, ou seja, mais de 4.000 milhões de dólares (3.451.150.000 euros) anuais.