O Procurador-Geral da República (PGR) de Angola, Hélder Pitta Grós, justificou a demora do processo judicial contra a empresária Isabel dos Santos com a “complexidade” do mesmo. Outro motivo dado foi o dos condicionalismos derivados da pandemia da Covid-19.
Pitta Grós realçou que processos como o de Isabel dos Santos não se investigam em seis meses, nem em um ano. “Há aqueles tipos de crimes que, pela sua complexidade, levam muito mais tempo, e há alguns que requerem a intervenção da cooperação internacional, autorização de exames e perícias de documentação”, esclareceu.
A mesma fonte negou as acusações de Isabel dos Santos, segundo as quais a Justiça angolana não é célere nem justa. Sobre a alegada “conspiração” de que a visada se queixa, o PGR respondeu que se tratava de uma opinião pessoal, sobre a qual não tinha nada a comentar, e que “a senhora engenheira Isabel dos Santos é livre de dizer aquilo que achar conveniente para a sua defesa”.
O PGR lembrou igualmente que a pandemia atrasou processos judiciais também em outros países, não apenas em Angola, onde, desde o ano passado, as instituições não trabalham a 100%. Para Pitta Grós, “o mais importante é que o trabalho está a ser feito da melhor forma possível”.