A polícia angolana impediu uma manifestação nesta quarta-feira, 14 de setembro, tendo ainda prendido três pessoas depois de as mesmas serem entrevistadas pela “Lusa”.
O sucedido teve lugar na periferia de Luanda. Nas redes sociais circularam nesta semana apelos a uma manifestação contra a fraude eleitoral no cemitério de Santa Ana, mas não chegou a realizar-se devido à detenção de alguns cidadãos.
“Como não poderia ficar indiferente ao que está a passar-se no país, resolvi dar uma volta para ver como estão as coisas e não gostei do que vi. A liberdade das pessoas está a ser violada”, disse à “Lusa” um dos presentes no local, Pacheco Manuel, de 32 anos, que decidiu participar na iniciativa depois de ter tomado conhecimento através das redes sociais.
“Não sei o que se passa com os dirigentes do nosso país, por um cidadão se fazer presente num local publico é logo preso. Nós estamos aqui a mostrar descontentamento com o nosso país e com a governação do MPLA”, acrescentou, mencionado que “ninguém criou desordem, ninguém partiu para a agressão, ninguém destruiu bens públicos”.
Existem ainda denúncias que indicam a prisão de ativistas nas suas casas, entre eles Zola Alvaro, do Movimento Cívico Mudei, e Alexandre Simão Bolívar, da Sociedade Civil Contestatária.