O relatório “Landmine Monitor 2023”, divulgado, recentemente, em Genebra, afirma que Angola deverá falhar por, pelo menos, três anos o prazo para limpar todo o seu território de minas antipessoal. O plano de desminagem estimava que, até 31 de dezembro de 2025, o país procedesse à limpeza total do território. “Acredita-se que conseguirá realisticamente concluir a desminagem dos campos de minas conhecidos até 2028, com a possibilidade de alargar o prazo até 2030, dependendo da disponibilidade de fundos”, sublinha o estudo.
De acordo com o estudo anual da Campanha Internacional para Banir as Minas Terrestres, Angola limpou, no ano passado, um total de 5,87 quilómetros quadrados e destruiu 3 342 engenhos explosivos (contra 5,91 quilómetros quadrados limpos em 2021 e 3 617 minas destruídas), registos muito abaixo dos 17 quilómetros quadrados de libertação anual de terras prevista no seu plano de desminagem.
“A libertação anual de terras de Angola, desde 2019, tem sido inferior à libertação anual de terras projetada de 17 quilómetros quadrados, detalhada no seu plano de trabalho para 2019-2025”, aponta o relatório.
Os incidentes envolvendo este tipo de explosivo fizeram, no ano passado, em Angola, 107 vítimas, a maioria crianças.