O Presidente angolano, João Lourenço, garantiu que o Executivo vai aplicar nas ações do Programa Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) em kwanzas o equivalente a cerca de 2 mil milhões de dólares, tendo estes sido recuperados através de investimentos ocultados do Fundo Soberano.
A informação foi divulgada nesta quinta-feira, 27 de junho, em Luanda, durante a cerimónia de lançamento do PIIM. O governante salientou que, “paradoxalmente, embora fosse propriedade do Estado angolano, o Executivo não tinha controlo” dos valores recuperados que vão agora ser aplicados em obras nos municípios, no âmbito do programa integrado que abrange a totalidade dos 164 municípios do país e que comporta um vasto conjunto e diversificado de projetos.
João Lourenço declarou que o PIIM será executado sem recurso ao endividamento público, para investir em setores importantes da vida dos cidadãos, com destaque para a Saúde, Educação, infraestruturas administrativas, vias de comunicação secundárias e terciárias, segurança pública, saneamento básico, energia e águas, entre outros domínios importantes paras as comunidades.
No entanto, o Chefe de Estado, que assegurou uma gestão correta para que as verbas sirvam o fim para o qual estão destinadas, reconheceu que os recursos não são suficientes para resolver todos os problemas. “Mas se forem bem aplicados, para fazer o que é certo e de modo correto, vamos ter de certeza bons resultados”, frisou.
Foi ainda referido que, com a implementação do PIIM, está prevista a construção de raiz, ou a conclusão de obras, de cerca de quatro mil salas de aula para vários níveis de ensino. Já na área da Saúde estão previstas a construção, reabilitação e o apetrechamento, com cerca de 200 equipamentos, de hospitais de diferentes categorias em vários municípios.
Também as vias de comunicação são um domínio contemplado pelo PIIM e encontra-se prevista a asfaltagem ou terraplanagem de vias secundárias e terciárias e a reabilitação de estradas. “É importante que sejam privilegiadas as vias que facilitem o escoamento da produção agrícola no campo, incentivando assim o aumento da produção, do emprego e desenvolvimento local”, salientou.