Angola registou 110 casos de tráfico de seres humanos de janeiro a maio. Desses casos, 27% dos autores foram julgados.
A informação foi avançada em Luanda pela secretária de Estado para os Direitos Humanos e Cidadania, Ana Celeste Januário, durante a abertura do workshop sobre “Mecanismo Nacional de Referência de Protecção e Assistência às Vítimas de Tráfico de Seres Humanos em Angola”.
Segundo Januário, o maior número de casos verificou-se nas províncias de Luanda, Zaire e Lunda Norte. Principalmente em Luanda tem havido, nos últimos tempos, alguns focos de adultos que usam crianças para a mendicidade.
“É necessário virar as atenções para os adultos que usam as crianças com o fim de obter algum lucro. Constatamos também casos que dizem respeito à exploração do trabalho infantil em fazendas e empresas de construção civil, assim como de meninas e mulheres para a exploração sexual”, expôs.
Ainda assim, a mesma fonte destacou igualmente que Angola tem dado, desde 2014, passos significativos na melhoria do sistema nacional de prevenção, proteção e assistência às vítimas, persecução dos autores e reforço das parcerias com instituições ligadas ao combate ao tráfico humano.