Alguns militantes da SWAPO, partido no poder na Namíbia, partilharam as suas preocupações em relação ao futuro do MPLA, formação política no poder em Angola. Ao seguirem os últimos desenvolvimentos políticos do país governado por João Lourenço, temem que o MPLA passe para a oposição nas eleições gerais previstas para 2022.
A informação é avançada pelo site angolano “Club-K”, que refere que num grupo do WhatsApp chamado “Swapo Solidarity Freedon” militantes dessa organização política da Namíbia têm promovido vários debates focados em lacunas que, segundo esses participantes do grupo, têm levado o Presidente angolano e líder do MPLA a arrastar o seu partido para a oposição.
Nesses debates, a SWAPO indica o Malawi, a República Democrática do Congo e a Zâmbia como o exemplo de três países da região da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC, na sigla inglesa) que têm realizado sufrágios nos últimos anos em que a oposição chegou ao poder.
Quanto a Angola, temem que o MPLA seja o próximo partido no poder a ser derrotado. Um dos fatores apontados foi a atual pressão que a juventude tem feito para ver João Lourenço fora do poder, defendendo muitos desses jovens o rival político Adalberto Costa Júnior.
Neste âmbito, os militantes da SWAPO querem que a direção deste partido estude os erros de João Lourenço, para que a SWAPO não os repita e consiga manter-se assim no poder na Namíbia, onde as eleições gerais vão ser realizadas em 2023.