O secretário provincial executivo da UNITA em Benguela, Abílio Kaunda, afirmou em conferência de imprensa que o seu partido pondera responsabilizar, judicialmente, membros do MPLA nos municípios do Caimbambo, Cubal, Ganda e Lobito. Tal deve-se a um alegado envolvimento em actos de intolerância política.
Uma peça processual deverá seguir então, nos próximos dias, para a Procuradoria-Geral da República de Angola. Antes de isso acontecer, Kaunda garantiu que iria remeter uma exposição ao gabinete do governador de Benguela, Rui Falcão.
Nessa exposição reportará assim o ressurgimento de actos de intolerância política nos referidos municípios do litoral e interior da província de Benguela.
Essa mesma carta poderá ser ainda enviada ao delegado do Interior e comandante provincial da Polícia Nacional, Aristófanes dos Santos.
Segundo a mesma fonte, no dia 19 de agosto um grupo de militantes do partido no poder, encabeçado por uma autoridade tradicional, protagonizou actos de intolerância política contra a delegação municipal da UNITA na comuna da Kanjala, município do Lobito.
A maior formação política da oposição em Angola tinha feito a deslocação até à localidade para empossar novos membros do Executivo do comité local.