Angola: UNITA compara morte de Floyd ao que acontece com angolanos no país

Líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior

A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) divulgou um comunicado nesta segunda-feira, 08 de junho, onde compara as mortes provocadas pela polícia em Angola, através do uso excessivo de força, ao assassinato do afro-americano George Floyd por parte de um agente policial nos Estados Unidos da América, ocorrido a 25 de maio.

O maior partido da oposição no país manifestou a repulsa que sente perante comportamentos semelhantes, que têm ocorrido em Angola nesta fase da pandemia da Covid-19, “onde as forças da lei e ordem têm usado excesso de força, causando igualmente vítimas mortais”.

O comunicado foi partilhado no mesmo dia em que a polícia angolana anunciou a morte de uma mulher na província da Huíla, devido a disparos de um agente policial na altura em que tentava dispersar um grupo de comerciantes num mercado irregular. Outros casos similares têm sido registados nas províncias de Luanda, Benguela e Lunda Norte.

Para a UNITA, a “horrenda morte de George Floyd deve merecer uma unânime condenação de todos os africanos”, defendendo também que o “relativo atraso tecnológico não pode calar e tornar os angolanos subservientes aos aliados em qualquer parte do mundo, ante os episódios como o que vitimou George Floyd, justamente no dia 25 de maio, o Dia de África”.

“A UNITA vem acompanhando com preocupação esta situação e, tal como já o fez saber aquando das manifestações de racismo ocorridas em abril último na República Popular da China, repudia e condena veementemente o ato que vitimou George Floyd, um cidadão que nada fez para merecer tão cruel destino em pleno século XXI, naquela que é considerada uma das maiores democracias do mundo”, pode ainda ler-se no documento.

A formação política dirigida por Adalberto Costa Júnior disse esperar que as autoridades americanas, em particular, e as Nações Unidas, em geral, “tomem uma posição que salvaguarde a integridade física, as liberdades e garantias de todos os cidadãos, sem olhar para o tom de pele, origem, credo ou religião, que sejam desencorajados atos de género e sejam, exemplarmente, responsabilizados civil e criminalmente, os seus autores”.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *




Artigos relacionados

Ucrânia quer receber convite de adesão à NATO na próxima semana

Ucrânia quer receber convite de adesão à NATO na próxima semana

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Andrii Sybiha, pediu aos homólogos da NATO para emitirem um convite a Kiev…
Oxford estima subida na inflação em Moçambique em 2025

Oxford estima subida na inflação em Moçambique em 2025

A consultora Oxford Economics estima uma subida da inflação em Moçambique de 3,1% em 2024 para 4,9% em 2025. Esta…
Guiné-Bissau: Aumento alarmante dos jovens que partem de piroga de Bubaque para a Europa

Guiné-Bissau: Aumento alarmante dos jovens que partem de piroga de Bubaque para a Europa

A emigração clandestina está a ganhar proporções alarmantes em Bubaque, região de Bolama Bijagós, confirmou à e-Global Herculano Preto da…
Timor-Leste: Xanana pede a jovens que olhem para o futuro

Timor-Leste: Xanana pede a jovens que olhem para o futuro

O primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, pediu aos jovens nesta quinta-feira, 28 de novembro, para se focarem no desenvolvimento do país,…