Angola: UNITA condena assassinato de manifestante em Benguela

O Grupo Parlamentar da UNITA condenou o “assassínio” do manifestante Eugénio Pessela, de 41 anos. O malogrado cidadão, “segundo testemunhas, participava pacificamente” na manifestação organizada no sábado, 11 de dezembro, pelo Secretariado Provincial da formação política em Benguela, Adriano Sapiñala. 

A crítica foi feita através de um comunicado divulgado pelo maior partido da oposição no dia seguinte ao sucedido. No documento são mencionados incidentes graves ocorridos em Benguela a 11 de dezembro, “envolvendo cidadãos angolanos que exerciam o direito de manifestação e efetivos da Polícia Nacional, que culminaram na morte de um manifestante e o ferimento de outros dois”

Sapiñala partilhou na sua página da rede social Facebook que o militante Eugénio Pessela foi atingido no peito com uma granada de gás lacrimogéneo, na marcha de saudação ao XIII Congresso Ordinário da UNITA. Apesar de ter sido assistido, não resistiu ao ferimento. 

“O Grupo Parlamentar da UNITA considera inaceitável a morte de cidadãos no exercício dos seus direitos e liberdades constitucionalmente protegidos e insta às autoridades competentes no sentido de apurarem os factos e as circunstâncias do acidente, para a consequente responsabilização criminal e disciplinar dos autores, nos termos consagrados pelo artigo 75.° da Constituição da República de Angola”, lê-se no comunicado. 

Também a CASA-CE condenou o sucedido com o militante da UNITA, através de um comunicado. O Colégio Presidencial da coligação lamenta “sentidamente a morte violenta do cidadão” e condena “com veemência o ato, perpetrado, alegadamente, por um agente da Polícia Nacional, em sede do exercício de um direito fundamental consagrado pela Constituição da República de Angola”

Para a CASA-CE, “durante a realização de uma marcha ou manifestação pacífica, nada justifica o uso desproporcional da força por parte dos agentes da Polícia Nacional, cuja presença deve servir tão somente para garantir a segurança do ato e proteger os participantes de eventuais riscos, e nunca pôr fim à vida de qualquer cidadão, mediante uso de meios de repressão policial”.

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