A UNITA considera que “pagar dívidas atrasadas, ocultas, falsas e não certificadas não é um investimento para o desenvolvimento do país”, cita o “Novo Jornal”.
As afirmações foram feitas pelo dirigente do Grupo Parlamentar do maior partido da oposição, Liberty Chiyaka, em reação ao anúncio recente da ministra das Finanças de Angola, Vera Daves, sobre a dívida pública atrasada e já certificada estar avaliada em cerca de dois biliões de kwanzas.
“Capitalizar bancos falidos para canalizar fundos públicos do Estado para projetos privados dos governantes não é seguramente um investimento justo e legítimo na economia”, declarou Chiyaka.
Segundo a UNITA, prosseguiu, a Lei impõe, por exemplo, que o rácio da dívida pública não deve ultrapassar os 60% do Produto Interno Bruto (PIB).
“O rácio atual da dívida pública é de 84% do PIB. Só o endividamento junto do Fundo Monetário Internacional (FMI), no valor de quatro mil milhões de dólares, já está acima dos 200% da quota de Angola no Fundo, portanto, bem acima do limite de exposição”, expôs o político, tendo salientado que quase 60% do Orçamento Geral do Estado é para pagar a dívida.
“O Governo está a levar o país ao abismo. Neste momento, o Governo precisa de arranjar novas dívidas para pagar a dívida existente. Precisa de arranjar 14 biliões de kwanzas para pagar as amortizações e os juros que são devidos aos diversos credores no exercício fiscal de 2024. O Executivo ainda não sabe onde e como vai arranjar este dinheiro”, concluiu.