Na primeira reunião extraordinária da Comissão Política da UNITA, realizada esta quarta-feira, 20 de outubro, foi convocado para 04 de dezembro o XIII Congresso Ordinário. Nesse evento será eleito o sucessor do atual presidente do partido, Isaías Samakuva.
Recorde-se que o Tribunal Constitucional de Angola anulou o congresso que tinha sido realizado em novembro de 2019, do qual saiu eleito Adalberto Costa Júnior. Foi nesse âmbito que Samakuva, antecessor de Costa Júnior, teve de voltar ao poder neste mês de outubro.
Os participantes na reunião extraordinária da Comissão Política da UNITA concluíram que o acórdão nº 700/2021 do Tribunal Constitucional “é político e encerra uma armadilha política para se alcançar um objetivo político, o de dividir a UNITA, travar o amplo movimento social para a mudança e inviabilizar a alternância do poder”.
Para a maior organização política na oposição no país existe um “retrocesso do Estado de Direito e Democrático em Angola”. O MPLA é acusado de “sequestro das instituições da República, por intermédio dos serviços secretos e dos gabinetes de ação psicológica”.
Apoiantes de Costa Júnior prometeram mais manifestações
No mesmo dia em que decorreu a reunião extraordinária da Comissão Política da UNITA, apoiantes de Adalberto Costa Júnior juntaram-se nas ruas e prometeram fazer vigília e manifestações caso não fosse convocado o XIII Congresso Ordinário nos próximos dias.
Estiveram presentes dezenas de militantes e membros da sociedade civil, de acordo com a imprensa local. O objetivo era pressionar Samakuva a convocar o congresso.
Se não tivesse sido decidida a data para o congresso, 04 de dezembro, a promessa era de que iriam continuar nas ruas. Isto porque acreditam que só com Costa Júnior a UNITA estará mais forte para alcançar a vitória nas próximas eleições, previstas para 2022.