O Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA apelou ao Governo angolano para que materializasse as “boas intenções” e revertesse então o quadro dos ex-combatentes e veteranos da Pátria. Isto porque consideram o mesmo pouco benéfico para os visados.
O pedido foi feito através de um comunicado por ocasião do 60.º aniversário do Início da Luta Armada de Libertação Nacional. No documento o secretariado do órgão de cúpula do maior partido da oposição em Angola afirmou que era “preciso fazer muito mais para a dignidade de todos quantos tornaram o 4 de Fevereiro numa das datas memoráveis da História angolana”.
“A homenagem do Estado angolano aos homens e mulheres que não regatearam esforços, nem olharam a meios para enfrentar o sistema colonial de António Salazar, não se deve resumir à existência de um Ministério dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, de uma data de Celebração Nacional e de algumas leis”, concluiu.
Para a UNITA, “Angola é, hoje, um Estado Democrático e de Direito em difícil construção”. A observação deve-se ao facto de, “apesar das conquistas políticas alcançadas e do incalculável sacrifício consentido, a condição social e económica dos angolanos, em geral, e dos antigos combatentes e veteranos da Pátria, em especial, está longe de corresponder aos sonhos que os motivaram para a luta contra o poder colonial, em 1961”.