A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) declarou que está preocupada com “uma forte campanha” que tem tentado criar “falsos factos atentatórios” relacionados com a imagem e a honra do seu líder, Adalberto Costa Júnior.
A denúncia do maior partido da oposição em Angola foi feita através de um comunicado, onde o secretariado executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA salienta que estas tentativas coincidem com “a entrada em cena de um tal gabinete de inteligência e ação psicológica na Presidência da República”.
Segundo a formação política, o estado de confinamento adotado no país para combater a pandemia da Covid-19 tem sido, lamentavelmente, aproveitado pelo Governo angolano “para desenvolver a sua estratégia de único protagonista político, para ofuscar a oposição”.
“A UNITA está particularmente preocupada com este grupo que configura um grave retorno ao Estado de partido único ou a um estado em guerra, apoiados em ardilosos aparelhos de intoxicação e propaganda, que atentam contra a pluralidade das instituições políticas e contra a liberdade dos cidadãos”, pode ainda ler-se no documento.
A mesma fonte indica que um gabinete de ação psicológica “é típico de regimes antidemocráticos ditatoriais e totalitários”, acrescentando ainda que, “em Estados democráticos e de direito, a existência de uma tal estrutura é totalmente inaceitável”.
Na nota é lembrado que “a Presidência da República deve ser o órgão da unidade, da reconciliação e da representação de todos os cidadãos”, mas, pelo contrário, “o titular deste gabinete, da Presidência da República de Angola, proferiu descaradas inverdades, assentes em notícias encomendadas, criando falsos cenários, na comunicação social, procurando atentar contra o presidente da UNITA”.
De acordo com a UNITA, Costa Júnior, igualmente deputado à Assembleia Nacional, não tem faltas injustificadas no Parlamento, conforme conferem as atas das sessões plenárias, ao contrário do que indicou o titular do gabinete de Ação Psicológica da Presidência da República. O próprio dirigente já veio desmentir o facto de faltar constantemente às sessões parlamentares.
O presidente do partido afirmou que a “confusão” está a ser criada por fontes anónimas, que têm o objetivo de expor “o líder da oposição”. “Eu faltei em algumas plenárias e justifiquei e não tem assunto”, esclareceu.