O primeiro-ministro sombra da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Raúl Danda, declarou em entrevista sobre o combate à corrupção que, “com a tomada de posse e o ajeitar-se no cadeirão, o esquecimento começou a apoderar-se do Presidente” João Lourenço.
Em 2017, lembrou, o chefe de Estado angolano escolheu a institucionalização das autarquias locais em Angola e o combate à corrupção como bandeiras, acrescentando que “o combate contra a corrupção começou a ficar disforme, de tal modo que hoje ninguém sabe bem onde ele passou a morar”.
“Não sei se influenciado pelo seu partido, de que viria a tornar-se chefe máximo”, realçou.
Também de acordo com Danda, “a institucionalização das autarquias locais começou a falar mandarim (língua chinesa) e já não estamos a perceber mais nada”.
“Em bom português, ouvimos a voz mais autorizada do país dizer que as primeiras eleições autárquicas teriam lugar neste ano de 2020. Chamou-se o Conselho da República, ouviu-se todo este mundo e metade do outro mundo também e as primeiríssimas eleições autárquicas pareciam ter ficado aprazadas mesmo para 2020”, referiu.
“O recado que agora nos chega aos ouvidos é que quem ouviu 2020 ouviu mal, pois o nosso Presidente afinal queria dizer ao longo do mandato que, como faz questão de recordar e como se alguém disso se tivesse esquecido, vai até 2022”, partilhou ainda.
Para o deputado, “no mês de julho vai para discussão, na generalidade, mais uma Lei sobre o Regime e Formulário dos Actos da Autarquia Local e em Agosto, essa Lei conhecerá a sua votação final global”.
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