A UNITA convocou no início do mês uma marcha pela liberdade para este sábado, 24 de setembro. O evento foi anunciado como a continuidade da luta pela criação de um Estado de Direito Democrático em Angola e na sequência da divulgação dos resultados finais das eleições gerais de 24 de agosto, contestados pelo maior partido da oposição no país.
Segundo o “Novo Jornal”, as restantes formações políticas da oposição que concorreram às eleições não vão fazer parte dessa chamada marcha. O evento vai decorrer no Largo de Santa Ana e termina no Largo das Escolas, em Luanda.
O líder do PRS, Benedito Daniel, confirmou que os seus apoiantes não vão participar na marcha que a UNITA convocou. “Depois das eleições de 24 de agosto, a direção do partido e os militantes estão numa reflexão tendo em vista os resultados que o partido conseguiu. Não vamos participar nesta marcha da UNITA”, justificou.
Também o secretário provincial de Luanda da FNLA, Xavier Bunga, disse que o seu partido não vai participar. “Não conhecemos os objetivos desta marcha. E também não há nenhuma orientação da direção do partido para aderirmos à marcha”, partilhou.
O mesmo acontece com o P-NJANGO, tendo o dirigente Dinho Chingunji partilhado que os militantes, simpatizantes e amigos da organização que representa não estarão presentes na marcha convocada pela UNITA.
Por sua vez, uma fonte da direção do PHA manifestou a indisponibilidade dos seus militantes para se unirem à UNITA no sábado.
O presidente da APN, Quintino de Moreira, respondeu igualmente que o partido não vai estar na marcha, porque tem “muita coisa para fazer depois das eleições”. Esta organização política foi extinta devido ao sufrágio, tendo o Tribunal Constitucional decidido pelo facto de a mesma não ter atingido 0,5% de votos.