A UNITA desafiou o Governo angolano a divulgar por comuna, município e província o número de cidadãos maiores de idade com e sem Bilhetes de Identidade (BI), bem como o nome da empresa gestora do registo eleitoral oficioso.
O desafio foi feito ao Ministério da Justiça esta terça-feira, 28 de setembro, através do secretário para os Assuntos Eleitorais da UNITA, Faustino Mumbica. O objetivo é fazer assim “homenagem à transparência”, sendo esta uma maneira de ficar a saber-se “os nomes das empresas contratadas para prestar serviço no âmbito do Registo Eleitoral Oficioso e presencial e o respetivo orçamento”.
A principal formação política da oposição em Angola defende uma mudança da empresa que efetua serviços no quadro do registo oficioso. Isto porque, acrescentou Mumbica, a empresa SINFIC prestou nas últimas eleições “um péssimo serviço, que concorreu para que mais de cinco milhões de eleitores não exercessem o seu direito de voto”.
Recorde-se que o registo eleitoral oficioso no país começou na quinta-feira passada, a 23 de setembro, e irá decorrer até março de 2022. Para a diáspora terá início apenas em janeiro. Este processo serve para garantir que todos os cidadãos maiores de idade atualizem o seu registo eleitoral, para que possam então votar nas eleições gerais previstas para o próximo ano.